domingo, 15 de novembro de 2009

O Fenômeno Humano.

E fui ao meu quarto,
Senti o vento dilaçerando a perfeição das cortinas,
Resolvi dar um basta no rude acontecimento natural,
Aproximei meu corpo, ainda trêmulo, de onde vinha a tênue agressividade, e
Olhei pela janela, olhei pelo portão, olhei pela rua, continuei olhando.

Vislumbrei com meus olhos, a vizinhança serena e despreocupada.
Só acontecia comigo?
Ninguém mais se importava?
Daonde vinha aquele vento?
Até aonde chegaria?
Será que chegaria a dilaçerar a quietude no quarto dela?

Aquela que outrora fora surpreendida pela ventania que passava por minha janela, Não deve reparar em uma pequena brisa incômoda, noutro lado do mundo.
Só eu, aqui, com o silêncio salgado pelo vento,
E com as cortinas dilaçeradas, devo estar me auto-flagelando.

Naquele quarto, outro elemento tomou o lugar do leve e suave vento: A terra com toda a sua estagnação, e sua infértil e venenosa poeira.
Este vento é puro demais para carregar estas pesadas e sujas substâncias, absteria-se de sua condição primordial, sua liberdade para fazer o que acha certo.
E voltando a inumanidade da ocasião; A Janela está sendo fechada? Continua aberta? Acho que a humanidade neste caso pouco importa.


Ps: Desculpem a falta de capacidade pra poetizar. Não sou poeta. .-.'




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